"Não traga piedade depois que o sol se for, nem venha com piedade porque piedade não é amor." Luiza Possi

domingo, 15 de abril de 2018

Conto

De olhos bem fechados, use sua imaginação.
Ela se vê sentada no colo daquele homem de mãos enormes e olhos pretos. Um desconhecido.
Sentada de frente para ele, ela se viu despida pelos olhos avassaladores dele. Usava um vestido preto básico de tecido esvoaçante.
A imaginação dela voa junto com a sua respiração ofegante. Logo se vê beijando alucinadamente aqueles lábios carnudos cor de cereja e sabor de perdição.
Ela pula para o colo dele e logo sente aquelas mãos másculas em suas costas e escorregando para a cintura. Mãos rápidas que descobrem rápido o contorno de seu corpo feminino e esguio. A pele branca dela contrastava com a cor preta do vestido e a deixava ainda mais bela sob a pouca luz do lugar.
Aos poucos ela se entrega aos delírios do momento e sente ser tocada com a boca. Seu corpo arrepia-se de prazer e inconscientemente ela pede para que a língua dele deslize até seus bicos rosados em meio aos seios grandes.
Ela pede ele atende. Começa a beijá-los levemente, suavemente, passando a língua molhada em torno de tudo que da mais prazer. Mordiscando e sugando vorazmente a té que o rosa se torne vermelho.
Beija-lhe a boca com paixão, segurando seus cabelos longos e perfumados com uma das mãos e seu pescoço com a outra.
Percorre aquele corpo de pele macia, sentindo toda a pureza daquele momento insano e devastador. Ele a aperta contra seu corpo deixando-a imóvel, segura com mais forcas o seu cabelo negro puxando para traz, fixa os olhos nela mostrando toda a sua intensão sedenta de possuir seu ser com desejo inimaginável.
Ainda no colo dele, começa a gemer coisas inexprimíveis e incompreensíveis.
O mundo para.
Está ofegante.
Seus coração dispara, seus olhos abrem ao escutar.
Em 5 minutos estaremos fazendo o check in para Nova York.
A realidade.


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